Focos de influenza aviária de alta patogenicidade foram registrados em diferentes países, com detecção do agente em espécies da avicultura industrial. Estes focos causaram morte ou sacrifício de milhões de aves, e expressivas perdas para a atividade avícola industrial no mundo.
O contato com as aves silvestres é, portanto, um dos principais fatores determinantes dos surtos da doença em aves domésticas. Além da possibilidade da chegada do vírus ao território nacional (por meio de aves migratórias), outras formas de introdução e disseminação devem ser consideradas: movimentação internacional de aves de produção e de companhia, criações consorciadas de muitas espécies em um mesmo estabelecimento e o comércio de materiais genéticos, produtos e subprodutos avícolas. Turistas provenientes de áreas infectadas pelo vírus, por seus calçados e vestimentas podem funcionar como vetores mecânicos.
Frente a isto, aconselha-se que viajantes com destino a áreas afetadas pela doença evitem visitas a estabelecimentos avícolas em seu retorno ao Brasil, por pelo menos 15 dias.
Como se prevenir
Você sabia que o Brasil é o único país dentre os maiores produtores do mundo que nunca registrou Influenza Aviária em seu território ?
Permita somente a entrada de pessoas autorizadas. O simples contato de uma vestimenta contamida pode contaminar o lote. Não visite outras granjas.
Lave e desinfete pneus, chassis e esteiras de todos os veículos. Evite emprestar ou pedir emprestado equipamentos. Se você teve contato com outras aves ou seus donos, higienize seu veículo e equipamentos antes de voltar à sua propriedade.
Use sempre calçados e roupas limpas ao entrar na propriedade e os desinfete com frequência durante o trabalho. Ao manipular as aves e seus produtos, use equipamento de proteção – como máscaras e luvas – e lave as mãos com água e sabão após o contato.
Como patos, marrecos, gansos, perus, pássaros silvestres; bem como outras espécies de animais, como cães e gatos.
Não utilize água de rios ou fontes descobertas. Utilize agua tratada para consumo das aves e para nebulização
Na presença de sinais de doenças nervosas e respiratórias, ou em casos de morte repentina e em curto período de grande quantidade de aves, consulte e informe um veterinário.
Saiba como agir caso identifique a doença em seu plantel
O rápido conhecimento pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) sobre o aparecimento de sinais clínicos sugestivos de influenza aviária, em qualquer estabelecimento avícola, tem importância decisiva no processo eficiente de contenção do agente e erradicação da doença.
Essa notificação deverá ser feita, preferencialmente, por meio de comunicação direta ao SVO, realizada através de: chamado originado do médico veterinário, proprietário, produtor e demais envolvidos com a atividade avícola; ou ainda pelas próprias autoridades sanitárias locais que trabalhem em abatedouros de aves, através da identificação de sinais ou lesões sugestivas, verificadas nas inspeções ante e post mortem.
A comunicação de suspeita sempre poderá ser feita: aos escritórios locais, regionais ou central dos Serviços Veterinários Estaduais, à Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), ou ainda diretamente ao MAPA, utilizando o serviço do telefone 0800 704 1995, que é um canal de comunicação gratuito, aberto à população.
Quais os impactos econômicos que a doença pode causar à avicultura nacional?
Perdas econômicas devido à ocorrência de influenza aviária variam de acordo com a cepa do vírus, a espécie de aves infectadas, o número de estabelecimentos atingidos, os métodos de controle utilizados, e a velocidade da implementação de ações de controle e erradicação. Essas perdas estão relacionadas as ações de sacrifício de aves, custos das atividades de quarentena e vigilância, perdas devido às altas taxas de mortalidade e morbidade, e perda de mercados internacionais.
Fonte: http://abpa-br.com.br/